Tempo de Leitura: 5 minutos

Um dos desafios da equipe de Investimento Social das empresas é ser assertivo com os aportes financeiros e maximizar os resultados gerados com as parcerias firmadas. Mas como desenvolver um processo de seleção otimizado e eficiente para patrocínios se o tempo da equipe está investido no operacional?

O Investimento Social pode impactar o mundo, mas hoje só respondi e-mail

Qualquer pessoa da área do investimento social, seja do setor de sustentabilidade, responsabilidade social ou marketing, pode se identificar com a sensação de que passou o dia respondendo e-mails. Essa sensação tende a piorar quando não existe ferramenta para auxiliar o processo de gerir os recursos investidos.

No início, as demandas do processo de seleção de projetos sociais tendem a ser menores, criando a falsa impressão de eficiência. Ou seja, de que tudo pode ser gerido pelo e-mail e por uma planilha de Excel. Entretanto, concentrar todo fluxo de informação em um único canal como o e-mail é criar um ponto de partida para gerir processos fadado a uma curta vida em termos de eficiência. As preciosas horas de expediente das equipes, em geral enxutas, ficarão cada vez mais comprometidas com a simples operacionalização da gestão do investimento social.

Entre a estratégia e o operacional

Dentro de uma empresa, cada setor tem seus ciclos de picos e baixas de trabalho definidos. Para a área do investimento social, esse período está diretamente ligado à forma como planeja seus aportes. Estejam eles submetidos à declaração do imposto de renda da empresa e sua aferição de lucro para mecanismos de incentivo fiscal; ou o orçamento desenhado com valores de verbas diretas a serem investidas ao longo do ano.

Seja por leis de incentivo ou recursos diretos, uma boa estratégia de investimento social é aquela que consegue desenhar diretrizes e objetivos claros que maximizem os resultados e sinergias geradas a partir das parcerias firmadas com projetos sociais.

O sucesso das parcerias entre investidores sociais e o terceiro setor podem gerar não só impacto social e transformações sociais, como também impacto no próprio desempenho da empresa dentro de seu mercado. Mas, para alcançar qualquer desses fins, é necessário planejar, definir indicadores e estratégias, e acima de tudo, encontrar os parceiros certos. Por isso, se não há uma metodologia bem desenhada para gerir o processo de recebimento e análise de propostas para investimento social, apenas um destino aguarda a equipe responsável: caixa de e-mail completamente abarrotada de propostas que nem sempre vão corresponder a estratégia do investimento social privado.

Inevitavelmente, a falta de otimização no processo leva a conversas com múltiplos proponentes, uma avalanche de informações a serem organizadas e a falta de gerenciamento do tempo da equipe que poderia focar na inteligência do investimento de forma torná-lo mais efetivo e eficiente.

Problemas que um bom modelo de gestão do investimento social poderia resolver

Como desenvolver uma estratégia eficiente se todo o tempo da equipe está dedicado a organizar a enorme quantidade de informações dos projetos que buscam apoio da empresa? Não há planilha que resolva esse imbróglio quando não se cria uma metodologia inteligente de gestão que vá do recebimento ao acompanhamento de um projeto social, seja ele incentivado ou não.

Se todo o processo está baseado em uma estrutura individualizada de relacionamento, isso significa buscar na areia movediça chamada e-mail, por todas as informações que podem estar fragmentadas em infinitas conversas.

E na hora do compliance, então? Se um único documento foi esquecido: novo e-mail, nova conversa, responder todos, mantenha fulano copiado, a validade dessa certidão está vencida me mande outra, e assim segue o sofrimento e o desperdício de energia. Se, por qualquer motivo, a equipe da empresa muda, teremos horas de resgate arqueológico de todas as conversas. Por fim, o resultado é um investimento social fadado a concretizar uma aplicação de marca sem criar um legado de impacto e transformação.

Caminhos para o início da otimização do Investimento Social

O modelo de gestão de patrocínios e doações centrado na extrema individualização dos relacionamentos aponta para o desequilíbrio entre Inteligência Estratégica e Operacionalização de processos. Igualmente, isso sobrecarrega qualquer equipe de responsabilidade social, tornando o processo desgastante, com alto custo operacional, lento amadurecimento e com o risco de perder informações importantes ao longo do caminho.

Ou seja, nenhum planejamento estratégico ou política de investimento social sobrevive à falta de metodologias adequadas que deem suporte para sua execução. Ainda que no início uma estrutura mais complexa possa parecer exagero, não se deve incorrer no erro de subestimar a potencial escalada da demanda.

Hoje podemos encontrar diversos exemplos de modelos de gestão do investimento social. Eles podem ajudar a fortalecer e equilibrar o esforço entre operacionalização e inteligência. Por fim, a otimização pode contar com soluções simples até as mais completas, como por exemplo:

• Um formulário único para uniformizar as formas de receber solicitações de patrocínio;
• Um edital público para divulgar as diretrizes do investimento e as regras de solicitação;
• Um Banco de Projetos para criar uma matriz única de controle das informações;
• Uma plataforma que gerencie desde o recebimento até o acompanhamento de execuções das iniciativas financiadas.

Essas são sugestões que podem transformar o processo de seleção otimizado para patrocínios por si só, mas cujo potencial se multiplica quando usadas em conjunto. Os aspectos operacionais e de inteligência precisam estar em sintonia e serem desenvolvidos para garantir impacto social, crescimento econômico e controle sobre os processos.

Quer aprender mais sobre como estabelecer um processo de seleção otimizado para patrocínios e doações de projetos sociais? Confira nosso material com dicas para utilizar a tecnologia a seu favor nesse processo!