- Por: Fernando Salum
- Especialista em Investimento Social
- Publicado em: 22 de abril de 2020 | Atualizado em: 25 de maio de 2023
Quando uma empresa define as diretrizes que guiarão suas escolhas de patrocínios e doações, leva-se em consideração fatores de seu ecossistema interno junto com suas necessidades externas, sejam elas de valor agregado à marca ou relacionamento territorial para produzir uma licença social de operação.
Entretanto, a definição das diretrizes para apoios e patrocínios é apenas o primeiro passo para o sucesso do investimento social da empresa. Em geral, as equipes que lidam com o processo de seleção, análise e acompanhamento de iniciativas patrocinadas são enxutas e precisam lidar com enorme demanda operacional. A ausência de uma metodologia para organizar o recebimento de projetos pode condenar uma equipe a horas de operacionalização que comprometem uma boa inteligência sobre o investimento social e as parcerias criadas a partir dele.
Um bom caminho para organizar a dinâmica de patrocínios e doações de uma empresa é o Banco de Projetos. Esta é uma ferramenta que pode padronizar a forma de recebimento de projetos, permitindo a análise comparativa e não descartando informações que no futuro podem vir a serem importantes no caso de uma mudança de cenário.
Simplificando o recebimento de projetos para patrocínio
Um bom ponto de partida para se pensar em um modelo de gestão de patrocínios precisa levar em consideração que as etapas de recebimento de propostas, de análise, o compliance e o acompanhamento de execução dos projetos apoiados anteriormente, muitas vezes, acontecerão simultaneamente.
O Banco de Projetos é uma ótima ferramenta para otimizar as fases de recebimento e seleção de projetos, garantindo que as horas da equipe possam ser concentradas nas iniciativas já em andamento e na inteligência do investimento social realizado até então e seus desdobramentos futuros. Este tipo de modelo pode trazer vantagens importantes como:
1. Uniformiza as perguntas direcionadas para entender de maneira mais profunda se esse projeto se adequa às diretrizes de responsabilidade social de forma direta e criando parâmetros de comparação entre os projetos.
2. Evita o excesso de solicitações e análises que não estão em sinergia com as diretrizes e parâmetros traçados do investimento social.
3. Economiza tempo ao definir o formato das propostas e seu armazenamento, permitindo que a equipe se concentre na análise dos projetos e não na pura organização de todas as informações recebidas por e-mail.
4. Cria histórico e acesso facilitado de informações, o que permite à empresa se adaptar a novas circunstâncias e diretrizes que possam vir à tona. Dessa forma, é possível inclusive resgatar projetos que antes não apresentavam sinergia com o investimento social da empresa, mas que por algum motivo passam a apresentar.
Contudo, para obter todas essas vantagens é necessário deixar o mais claro possível quais são as regras e procedimentos para envio de propostas.
Cases de Sucesso de Banco de Projetos
A criação de um Banco de Projetos Sociais para patrocíno vinculado à um edital já é realizado com sucesso por grandes empresas. Veja a Uber por exemplo: seu processo de recebimento e análise para patrocínios e doações fica aberto o ano todo e ela utiliza o Prosas para automatizar o processo de recebimento e pontuação inicial das propostas.
Tecnologias para gerir este processo são facilitadores fundamentais para que o capital humano de uma empresa possa se concentrar na sintonia entre projetos e os contextos econômicos, territoriais e políticos da empresa, tornando assertivo todo o processo decisório e, exponencialmente, ampliando os resultados que a parceria pode gerar.
Para se inspirar: conheça os exemplos da AES e da Klabin de processos de banco de projetos contínuos que colaboram para o desenvolvimento de suas áreas de investimento social.